quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Acabo de vencer o meu maior medo

Antes de casar eu pensei muuuuuito, mas muuuuuito mesmo, porque eu sabia que, tomada a decisão, minha vida mudaria muito... Minha independência seria a primeira coisa a ser sacrificada... Aí, depois de rápidos (e acho que foram rápidos mesmo) 12 anos de namoro, eu e Cleber nos casamos e eu gostei, porque nossa vida não tinha mudado tanto assim como pensei que mudaria... Aliás ficou melhor porque estávamos juntos... A outra decisão mais difícil ainda estava por vir e eu sempre fugindo dela, porque essa mudança sim, não seria tão branda, pelo contrário, ter um filho, pra mim, era algo avassalador na vida de qualquer pessoa. Aí fomos praticamente pegos de surpresa, num breve descuido e eu ADOREI que fosse assim, porque senão, talvez estivesse até hoje enrolando Cleber, que mais do que todo mundo queria logo ter um filho.

Uma das minhas maiores preocupações em ter filho era justamente a dependência que ele teria de mim, das minhas ações... E chegamos ao meu maior pesadelo, a hora da comida... Quem me conhece sabe dos meu maravilhosos dotes culinários e eu só imaginava que um dia ia precisar cozinhar pra ele e ia matar meu filho de fome, porque "erraria a mão".

Tô desabafando sobre isso porque agora há pouco, aqui em plena Secretaria, fui tomada de uma determinação, a mesma de alguns meses atrás quando me desesperei porque achava que meu leite não seria suficiênte para matar a fome de Lis e passei a ler muito sobre o assunto. A partir daí, percebi que só dependia de mim fazer o leite vir com abundância e alimentar bem minha filha... Comecei a me empanturrar de tanta água, tomar mais suco e comer rapadura. Antes eu ficava guardando o leitinho no peito, temendo que ele faltasse quando ela precisasse. Passei a oferecer o peito mais vezes e fazia questão que ela esvaziasse as duas mamas... O leite começou a brotar de tal forma que eu ficava encantada quando sentia o peito encher pouco tempo depois das mamadas. Cada vez que eu sentia, agradecia muito a Deus...

Hoje eu tava pensando que tá chegando a hora de Lis passar a comer mais comida de panela e aí ressurge o meu pavor. Apesar de ter Luciana, uma pessoa maravilhosa e muito carinhosa que cuida de Lis pra mim, sei que vou ter que assumir esse papel na cozinha qualquer hora dessas. E como fiz há alguns meses, decidi que, se depende de mim alimentar a minha filha, eu vou para a cozinha me arriscar e perder esse medo de errar o ponto. Será possível que ela adore o meu tempero mesmo ele sendo o pior do mundo? Acho que sim, porque o que é feito com Amor, principalmente de Mãe, é sempre maravilhoso...





Nenhum comentário:

Postar um comentário