quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Terrible Three / four?


A fase de transição do terceiro para o quarto ano está sendo bem marcada por um comportamento aqui em casa. Lis está muito chorona, independente e reclamando de tudo e de todos.

A nossa pequena sempre teve uma memória de elefante. Se vc prometer a ela qualquer coisa que seja, aguarde a verás uma cobradora sem dó nem piedade te perseguindo até que você pague o que deve, seja presente ou passeio.

Se a gente diz, sem pensar, apenas para se livrar de uma situação qualquer, que amanhã vamos levá-la para a praia, Lis se acorda ao raiar do dia, dizendo - "Já é de sol, mamãe, vamos vestir o biquini pra ir pra praia?". Ai de nós se discordar ou tentar argumentar, porque aí ela joga baixo e lembra logo do momento da promessa - "Você num lembra que vc disse que ia me levar pra praia, num foi?"

Nesses dias o primo Cauã, que mora em Mossoró, estava vindo pra João Pessoa e avó Eleuzina inventou de anunciar essa chegada dois dias antes. Pronto! Acabou nosso sossego! No dia marcado da chegada, numa sexta-feira, houve um atraso e eles só chegariam no dia seguinte. Lis desandou a chorar porque queria esperar Cauã chegar e não tinha quem fizesse ela entender que ele só chegaria "de sol". Se não fosse pela chegada da priminha Beatriz para desviar o foco, teríamos dormido na casa dos pais de Cleber aquela noite.

Não sei se ela sofre de ansiedade e se é algo a darmos mais atenção, o fato é que as consequências de se prometer algo a ela e não cumprir ou tentar renegociar podem ser muito graves para a nossa delicada audição.

Sobre as reclamações, Lis está numa fase que só procura quem resolve. Se é pra reclamar da prima, procura, choramingando, a mãe Claudiana. Se é pra reclamar do avô, vai se queixar da avó. Só vem a mim, se a reclamação for contra Cleber... hehehehehe.

Da mesma forma ela age quando é pra pedir algo. Dia desses, queria fazer xixi quando a gente estava num restaurante. Pedi pra esperar um pouco porque já íamos pra casa e, quando me dei conta, ela estava no pé da dona do restaurante pedindo pra ir ao banheiro.


E assim nós seguimos aprendendo (ou tentando aprender) com as novas fases que surgem nesse universo particularmente complicado, mas delicioso...